
Normalmente, os empates são típicos de outras modalidades, mas nesta competição, EuroChallenge, a eliminatória decide-se em duas mãos, sendo que segue em frente a equipa que marcar mais pontos no conjunto dos dois jogos. Este é um dos raros casos em que um jogo de basquetebol pode terminar empatado.
Num jogo de elevada pontuação (210 pontos) para uma competição FIBA, com tempo de jogo de 40 minutos, uma boa ponta final dos encarnados acabou por evitar uma derrota caseira. Foi uma partida jogada de igual para igual com ambos os conjuntos a lutarem pela vitória, contudo, quando a 2 minutos do final os ucranianos disparam para a frente de resultado por 10 pontos, a maior diferença a seu favor em todo o encontro, o cenário ficou mais cinzento para a turma encarnada. No entanto, uma falta arrancada por Ben Reed, à qual se seguiu uma falta técnica ao treinador ucraniano, permitiram ao Benfica somar 5 pontos consecutivos e virar o rumo do jogo.Nos instantes finais, o Benfica conseguiu chegar ao empate, deixando tudo em aberto para a segunda mão.
Que a segunda mão vai ser difícil, certamente que sim. Mas a missão encarnada não é impossível, apesar de Henrique Vieira dispor de apenas mais uma semana para preparar o jogo da Ucrânia.
Quanto ao jogo em si, foi espectacular, com cestos para todos os gostos, com muitas posses da bola (108 para o Benfica e 99 para o Ferro) e 19 triplos convertidos em 45 tentativas (42%), o que indicia que para este nível de competição a maior distância da linha de 3 pontos não é um problema.

O treinador ucraniano Kirilo Bolshakov utlizou apenas 9 atletas, com o nono a jogar menos de 4 minutos. Do lado oposto, Henrique Vieira rodou mais o seu banco utilizando 11 atletas, todos acima de 10 minutos.
Num jogo de elevada pontuação, dos 20 atletas que alinharam, 11 marcaram mais do que 10 pontos.
O destaque do lado encarnado vai para o duplo-duplo do inevitável Heshimu Evans (19 pts, 10 ress e 5 ass), apesar do atleta mais eficaz em campo ter sido Keddric Mays com 21 pts, 5 ress e 8 ass.